domingo, 16 de agosto de 2009

Por que optei pela 307SW.

Esses dias estava conversando com um amigo sobre o tal Kia Soul, o carro cujo marketing de vendas está baseado em simplesmente ser diferente.... O Fato do carro não se adequar a nenhuma classificação usual (SW, SUV, Hatch...) foi mostrado como uma vantagem! Particularmente acho isso de gosto muito duvidoso, mas aparentemente tem muita gente qua gostou e está comprando... Como ser tradicional está fora de moda, minha preferência por veículos está meio desprestigiada: Peruas familiares. Dentre as poucas opções disponíveis, conto a seguir como e porquê adquiri uma 307 SW automática 2005.

Iniciei a procura com 3 premissas: 1) Tinha que ser perua pois a opção minivan nunca foi e dificilmente seria cogitada. Sinto-me dentro de um pão de forma. 2) Nível médio, isto é, as minúsculas Parati e Palio foram eliminadas. Na realidade, esta última foi até cogitada na versão adventure, mas foi descartada no primeiro test-drive, pois o que tem de “bonitinha” por fora, tem de ordinária por dentro. Caríssimas pelo que oferecem. 3) Veículo Semi-novo, claro, pois com o valor de um 0km “pelado” pode-se comprar um seminovo completo.

Considerando as premissas acima, só ficaram a Fielder, 307 SW e Gran Tour no páreo. A Fielder inicialmente estava no topo da lista pelos atributos "inerentes" à Toyota: "Nao dá problema", veículo robusto, confiável, etc... Adjetivos dos VW de antigamente. Após o test-drive, ví que realmente ela é como os VW de antigamente: painel espartano ao extremo, para nao dizer horrível, sem regulagem de distância do volante (inaceitável), porta-malas de Hatch (para ser um gol 94 só faltou o estepe no lado esquerdo). Foi uma decepção pois não parecia ser muito melhor que minha velha Corsa Wagon GLS 99/00 vendida no mês anterior! Porém, antes de desistir do modelo, pensei que talvez minhas expectativas estivessem muito altas e que deveria conhecer as outras duas opções restantes..... Testei uma manual e uma automática, mas ambas pareciam mais lentas e mesnos confortáveis que a Corsa!! Os bancos de couro claro pareciam amarelados e com aspecto “velho” em todas as Fielder 2005 e 2006 que ví (a restrição dos anos foi finaceira).

Após testar as Toyotas, foi conhecer melhor a 307 SW. Nossa, eu e minha esposa ficamos deslumbrados assim que entramos no carro. Os bancos dianteiros eram tão confortáveis quanto meu sofá da sala, também de couro preto. O painel com equilíbrio perfeito entre beleza a funcionalidade. O Teto de vidro é um show à parte!! Em termos práticos, não é algo ralmente necessário, porém muito legal em Curitiba, onde o sol não aparece com a frequência normal no resto do país!! Alguns detalhes demonstram o capricho com que o carro foi concebido: vedação das portas (não passa poeira), ar- condicionado digital, segurança passiva, conjunto ótico, acesso aos comandos dos rádio (no volante) e demais nas portas.... Apaixonei-me pelo veículo. Tinha receio pela má fama do câmbio automático, mas ninguém com quem conversei conseguiu me convencer do motivo desta. Eu até preferia o câmbio manual, mas pelo ano (outubro 2005, conf. NF), estado geral e quilometragem, 47mil km, condizente com as revisões no manual, consegui um ótimo preço por uma automática. Mas antes de fechar negócio, tinha que tirar a dúvida conhecendo a Gran Tour....

Fui conhecer a Gran Tour, cujo exterior eu considerava o mais belo dentre as três. Por dentro também me pareceu bastante confortável e bem acabada, porém abaixo da 307. Em desempenho, a 1.6 deixava a desejar (imagine carregada), mas a 2.0 era equivalente. O maior probelama da Renault, porém era o preço! Por só estar disponível a partir de 2007, ficava acima do que eu tinha disponível e mesmo assim a 307 ainda era superior em itens de série. Não havia concorrência para a 307 SW.

Cheguei a pesquisar os preços dos componentes de desgaste tais como, filtros, amortecedores, correias, discos e pastilhas de freio. Constatei portanto que, no geral a Toyota apresentou preços de 8 a 10% mais em conta que os praticados pelas francesas, equivalentes entre sí, porém, 12% mais caros que os praticados para os mesmos componentes do Astra (minha referência de carro médio até então). Porém, uma boa surpresa foi o período de troca da correia dentada, 80mil km, ante os 50mil km doAstra que possuí no passado. Isso, clero se justifica no fato do motor GM ser “pré-histórico”... Nota: A Toyota utiliza corrente de rolo e não correia dentada

Quanto ao seguro, considerando meu perfil, região, etc, a situação foi semelhante: Toyota mais barato, ou menos caro, e as francesas praticamente equivalentes.

Colocando todos esses pontos na balança, os 10% de “economia” na Toyota, não ofuscaram os atributos superiores da 307SW que foi pra casa alguns dias depois. Tanto a razão quanto a emoção apontaram para a francesa com o logo do Leão. Como primeira medida antes de deixar o veículo com a minha esposa, que a utiliza diariamente no circuito casa – escola da nossa filha – trabalho, fiz check-up geral: Rodízio de pneus, geometria, balanceamento, troca de óleo na concessionária, e troca dos filtros de ar, gasolina e pólen em casa. Nesta pequena revisão gastei aprox. R$300,00 o que considero um valor compatível. Nota: A geometria e o balanecamento na Concessionária LE LAC foi mais barato que o normalmente praticado nas boas lojas de pneus.

Até agora, apenas dois pontos me desagradaram na 307 SW:
- O consumo por volta de 7,7 km/l no trânsito pesado do centro da capital paranaense (motorista mais o bebê) e aproximadamente 12,0 km/l na estrada (carregada e com 5 ocupantes). Claro que eu gostaria que fosse melhor, mas está condizente com o porte do veículo e com o câmbio automático.
- Só quatro marchas no câmbio automático. Em viagem ao norte do estado em um feriado, com o carro totalmente cheio, o câmbio teve impacto negativo no conforto e consumo. Em trechos de serra, com pista simples, as retomadas em ultrapassagens exigiam segunda marcha e “esticadas” nesta até 110km/h.. E quando, por segurança, eu desistia da ultrapassagem, o câmbio demorava a perceber isso e não passava à terceira marcha após a retirada da pressão no acelerador. Para diminuir esse efeito, tive que fazer muitas trocas “manuais” naquela ocasião. Este efeito, porém, tem sido bastante minimizado com o passar do tempo, pois o câmbio é adaptativo! Basta “ensinar” ele a fazer as trocas conforme desejado com um “jogo” entre freio e acelerador.

Um comentário:

  1. A escolha foi acertada! A nave é muito bonita!
    Ainda prefiro a estética da Gran Tour, mas a Peugeot acertou nas 307! O carro é excelente!

    Abraço

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